Sentir a alegria

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Quando meditamos ou contemplamos, nesse momento sentimos que somos a essência da alegria. Esta alegria que possuímos no nosso interior é como uma fonte; surge espontaneamente. A alegria interior não tem medo. Pode, se quiser, transformar a nossa natureza humana num abrir e fechar de olhos. Se conseguirmos experimentar a verdadeira alegria interior, nem que seja por um segundo, sentiremos que o mundo é totalmente diferente. Agora, sentimos que teremos de mudar a nossa atitude em relação a certos aspetos da criação se quisermos ter alegria, porque o mundo está constantemente a lutar e a fazer todas as coisas não divinas. Mas se conseguirmos olhar para o mundo com a nossa alegria interior, veremos que o mundo já está mudado.

Como é que podemos obter esta alegria interior? Se sentirmos que somos infelizes e que, por isso, precisamos de alegria, então a alegria interior nunca a obteremos. Se sentirmos que “só porque outra pessoa tem esta alegria, porque é que nós não a podemos ter também?”, então não a obteremos. Se sentirmos de uma forma arrogante que temos todo o direito de obter alegria porque Deus é todo Alegria, então temos de saber que esta atitude arrogante não nos dará verdadeira alegria. Mas se realmente sentirmos que a alegria interior é o sopro da nossa vida, se sentirmos que não podemos existir sem alegria e que morreremos neste preciso momento se não a tivermos, então Deus derrama sobre nós a Sua Bênção mais escolhida, que é a Alegria.

A verdadeira Alegria vem do sentimento de que estamos constantemente no colo do Supremo. Vinte e quatro horas por dia não podemos meditar. Mas, com a força da nossa imaginação, podemos sentir que, vinte e quatro horas por dia, estamos no colo do Supremo. Se conseguirmos sentir isto, então veremos alegria infinita em nós e à nossa volta.

O mundo precisa de alegria interior e exterior. Se não conseguirmos obter a alegria interior suprema, podemos pelo menos tentar oferecer e receber alegria exterior inocente. A partir da alegria pura e inocente, podemos dar um passo em frente e obter a alegria interior. A música espiritual, por exemplo, dá-nos uma alegria pura e inocente.

E como é que podemos oferecer alegria aos outros? Para oferecer alegria aos outros, primeiro temos de sentir aspiração dentro de nós próprios. Temos de sentir que o mundo está dentro de nós, não fora de nós; temos de tentar sentir que o mundo é a projeção da nossa vida. Primeiro temos de tentar criar o nosso próprio mundo de acordo com a nossa própria satisfação. Quando criamos algo dentro de nós, alcançamos algo divino dentro de nós – digamos um mundo de alegria e amor – então imediatamente ele tentará revelar-se e expressar-se ao mundo em geral. Se tivermos verdadeiramente adquirido alegria, então, gradualmente, as pessoas à nossa volta serão inspiradas e influenciadas pela nossa alegria.